Sabe aquela sensação de finalmente contratar alguém incrível… e, logo depois, perceber que a empresa não estava minimamente preparada para recebê-lo?
Isso é mais comum do que parece, e tem nome: onboarding bem-vindo, agora se vira.
No último webinar da Eva, o Hugo abriu a conversa perguntando quem já tinha sido vítima desse tipo de entrada. A resposta foi quase unânime. E por um motivo simples: muitas organizações ainda tratam a chegada de um novo colaborador como um processo artesanal, improvisado e dependente de boa vontade.
Hoje eu quero te contar por que isso acontece, como medir o impacto real e, principalmente, como acelerar o tempo até a produtividade dos novos colaboradores sem sobrecarregar o RH.
Por que o “bem-vindo, agora se vira” ainda existe?
Porque, na prática, grande parte das empresas:
- Não tem clareza sobre o que é um bom onboarding
- Depende de rituais presenciais e reuniões longas
- Usa ferramentas descentralizadas, planilhas e mensagens avulsas
- Carrega uma cultura interna onde cada área “se vira do seu jeito”
- Não mede, e por isso não percebe o custo real da desorganização
O resultado é sempre o mesmo: novos colaboradores frustrados e uma expectativa de desempenho que nunca encontra o contexto necessário para acontecer.
O conceito mais ignorado pelos times de RH: tempo até a produtividade
Esse termo, muito usado fora do Brasil, responde a uma pergunta simples:
“Quanto tempo leva até que um novo colaborador consiga entregar o básico do seu papel com autonomia e segurança?”
Não estamos falando de bater metas, códigos perfeitos, funis rodando ou entregas complexas.
Estamos falando do mínimo necessário para que a pessoa pare de apenas consumir informação e comece a gerar valor real.
Ficou assim no benchmark que apresentamos no webinar:
– Cargos entry level: 1 a 2 meses
– Mid level: 6 a 12 semanas
– Especialistas e liderança: de 3 a 6 meses (ou mais)
E, claro: quanto mais regulado, complexo ou técnico o negócio, maior o tempo até a produtividade.
O problema: grande parte do atraso não é inevitável, é evitável
No webinar, o Hugo trouxe uma verdade que quase ninguém diz:
“Metade das travas dos primeiros meses não têm a ver com a função. Têm a ver com acesso, clareza e conexão.”
E isso muda completamente o jogo, porque significa que o RH tem muito mais poder de aceleração do que imagina.
Vamos aos pontos que realmente fazem diferença.
4 formas práticas de acelerar o tempo até a produtividade (sem precisar de mais gente no RH)
1. Comece antes: preboarding não é só admissional
A maioria das empresas desperdiça uma janela preciosa: as 1–2 semanas antes do dia 1.
Quando o preboarding se limita à papelada, a ansiedade do novo colaborador cresce, e o RH perde a oportunidade de preparar terreno.
O preboarding que funciona traz:
– Agenda do primeiro dia
– Guia de cultura e propósito
– O que vestir, onde acessar, quem procurar
– Pílulas curtas sobre o contexto da área
– Checklists simples para evitar travas
É impressionante como isso reduz ruído, retrabalho e medo de não saber por onde começar.
2. Centralize tudo em um único lugar
Não importa se sua empresa usa SharePoint, ClickUp, Google Site ou um portal simples.
O importante é que não exista mais a frase “vou te mandar o link depois”.
Um bom portal de onboarding resolve:
– Onde estão os materiais
– Quem são as pessoas-chave
– Quais rituais a área tem
– Como tirar dúvidas sem depender de alguém
– A visão geral dos 30, 60 e 90 dias
Quando tudo está no mesmo lugar, o novo colaborador navega com autonomia, e a produtividade aparece mais rápido.
3. Pílulas de conhecimento: conteúdo no ritmo certo
De nada adianta despejar 10 horas de conteúdo nos primeiros três dias.
O cérebro humano não absorve. Ele sobrevive.
Pílulas curtas de conhecimento funcionam melhor porque:
– Ajudam o colaborador a se preparar para o próximo dia
– Entregam só o que é útil naquele momento
– Evitam sobrecarga e aumentam retenção
– Transformam a jornada em um processo leve
Onboarding não precisa ser intenso.
Precisa ser inteligente.
4. Dê suporte imediato às dúvidas, sem virarem um call center de RH
Em um mundo ideal, todos os colaboradores acessariam um portal e encontrariam tudo sozinho.
Na prática, as dúvidas acontecem. Muitas.
E quando as respostas dependem de uma pessoa específica
→ o RH vira um gargalo,
→ o colaborador trava,
→ a produtividade despenca.
No webinar, mostramos como uma assistente virtual integrada aos canais corporativos (Teams, Slack, WhatsApp, Google Chat) resolve:
– Quem responde primeiro
– Como padronizar boas práticas
– O que pode ser automatizado
– Como eliminar ruído e retrabalho
Mais de 80% das dúvidas de novos colaboradores são recorrentes.
Ou seja: não precisam de atendimento humano.
E isso transforma completamente a jornada.
E o papel da liderança nisso tudo?
Nenhum onboarding se sustenta só no RH.
O líder tem um papel insubstituível na aceleração da produtividade.
Mas ele precisa de processos simples:
– One-on-ones de 20 a 30 minutos nas primeiras semanas
– Checkpoints mensais com feedbacks curtos
– Playbooks claros sobre responsabilidade, metas e comportamento
– Um programa de apadrinhamento que reduza insegurança e construa conexão
Quando a liderança compra a rotina, o onboarding deixa de ser um esforço isolado do RH e passa a ser uma jornada integrada.
Sua empresa está pronta para acelerar os primeiros 90 dias?
Se você chegou até aqui, provavelmente está pensando em como melhorar o seu processo.
E essa é a melhor hora, porque os primeiros meses de um novo colaborador são decisivos para:
- reduzir turnover
- estabilizar a operação
- aumentar produtividade
- fortalecer a experiência do colaborador
- melhorar a percepção da liderança sobre o RH
Por isso, quero te fazer um convite:
Webinar: “Os primeiros 90 dias: acelerando a produtividade das novas contratações”
Aprenda como transformar os primeiros meses em resultados concretos, com processos práticos, dados e tecnologia aplicada ao onboarding.



