Criada em 2015, pelo Centro de Valorização à Vida (CVV), a campanha Setembro Amarelo tem como objetivo contribuir para a conscientização sobre a prevenção do suicídio e seus temas relacionados, incentivando a discussão e conscientizando as pessoas sobre o tema. O objetivo da campanha é ajudar as pessoas a entender como prevenir o suicídio e deixar as pessoas mais à vontade para falar sobre isso.
10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, que destaca a causa. A cor amarela foi escolhida para a campanha porque representa a atenção voltada para a causa, e porque setembro é o início da campanha Setembro Amarelo.
Há muitos equívocos em torno do suicídio devido à falta de discussão sobre o tema na sociedade, razão pela qual a campanha existe. Conhecer os sinais de suicídio, saber como ajudar melhor e conscientizar a todos de que outras pessoas podem estar se sentindo da mesma forma são todas as razões pelas quais a campanha existe. Não há como obter ajuda ou oferecer ajuda se as pessoas não sabem o que alguém está passando antes de pensar em cometer suicídio, então a campanha tenta destacar todas essas coisas.
A prevenção é o primeiro passo a ser dado, por meio da educação sobre o assunto. O movimento Setembro Amarelo é sobre quebrar tabus porque há muito tempo as pessoas têm medo de falar sobre isso.
Com o sucesso da campanha, essa barreira foi derrubada, permitindo o acesso a recursos de prevenção. Se uma pessoa não sabe o que a outra está passando no momento em que tende a cometer suicídio, então não há como procurar ajuda ou ajuda.
Setembro amarelo
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 700.000 pessoas morrem a cada ano por suicídio, a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.
As principais causas estão relacionadas a transtornos mentais, transtornos alimentares, depressão ou momentos de crise e estresse. Fatores como abuso, violência e perda também foram associados, e as taxas também foram altas entre grupos preconceituosos como refugiados, imigrantes ou LGBT+.
Apesar de ser um tema delicado, a discussão sobre esse tema é essencial para a prevenção, sendo necessário apenas cautela e bom senso na divulgação dessas informações.
O suicídio é evitável, por isso faz sentido falar sobre isso, quebrar tabus e mitos e ser aberto sobre sintomas, tratamento e treinamento para ajudar aqueles que são suicidas.
O movimento Setembro Amarelo foi lançado pelo CVV Centro de Valorização da Vida, fundado em 1962. A CVV é uma associação cívica beneficente sem fins lucrativos que presta serviços gratuitos e voluntários de apoio emocional e prevenção do suicídio.
Por meio de chat, telefone (188), e-mail ou postos de atendimento, há voluntários treinados disponíveis de forma confidencial e anônima para quem precisa de ajuda ou apenas quer conversar e desabafar.
Setembro amarelo nas empresas
Em termos de prevenção e conscientização, as empresas têm um papel social muito importante no incentivo ao movimento.
A conscientização dos colaboradores é uma ação que aumenta o cuidado preventivo, além de fazer com que os colaboradores se sintam percebidos e valorizados.
Muitas empresas não são responsáveis pela campanha do Setembro Amarelo porque não acham que seja uma atitude corporativa, mas o suicídio devido a um ambiente de trabalho tóxico é o quinto principal motivo de suicídio globalmente.
Se a maioria de seus funcionários está em casa – ou em um modo de trabalho misto – isso não é desculpa para ignorar o Setembro Amarelo. Na verdade, é mais um motivo para que seus funcionários se sintam integrados e valorizados.
Segundo a organização do movimento, mais de 13 mil pessoas cometem suicídio a cada ano no Brasil e mais de 1 milhão no mundo. Além disso, 96,8% desses suicídios estavam relacionados a transtornos mentais, como depressão e transtorno bipolar
Apesar desses números, o setembro amarelo na empresa não tem sido tratado de forma eficaz. Algumas empresas já possuem políticas de saúde mental, mas ainda há muito trabalho a ser feito.
As instituições não podem fechar os olhos a problemas tão reais e existenciais da sociedade e do nosso país. E, como profissionais que cuidam de pessoas, o RH deve estar preparado para sentir os primeiros sinais dentro da empresa.
Bem-estar e saúde mental
Promover ações internas alinhadas ao bem-estar e saúde mental dos colaboradores. Podem ser operações simples, como mensagens deixadas em uma estação de trabalho ou até mesmo uma colaboração com uma empresa profissional.
Em um movimento mais detalhado e de longo prazo, sua equipe pode criar uma seção específica sobre o tema que é divulgada continuamente pelos canais de comunicação da empresa, oferecendo dicas, curiosidades ou qualquer outra informação sobre o tema felicidade e saúde mental.
Outra sugestão é contratar um serviço de autoconhecimento como o Zenklub. O serviço funciona como um um benefício para os funcionários, que podem acessar uma biblioteca de conteúdos em diversos formatos para desenvolvimento pessoal, bem-estar e autoconhecimento. Além de ter sessões de terapia online com especialistas.
Muitas pessoas passam mais da metade do dia no trabalho. Portanto, os funcionários que vivenciam problemas de saúde mental acabam refletindo em seu profissionalismo. Não é diferente se estivermos falando de saúde física, pois ela também pode afetar o dia a dia do trabalho e atrapalhar o humor e a produtividade dos funcionários.
Os funcionários que foram diagnosticados com transtornos como ansiedade ou transtorno bipolar podem ter medo de falar sobre o que estão passando, pois o preconceito e o desconhecimento sobre esses transtornos permanecem.
Por outro lado, quem ainda está se ajustando à medicação, por exemplo, pode ter a concentração reduzida e ficar temporariamente impossibilitado de operar máquinas. Isso deve ser sempre comunicado aos superiores e levado em consideração na atribuição de tarefas. Como isso afeta a segurança do trabalho, é importante ter o apoio de seu gerente ao falar sobre a situação.
Como identificar os sinais?
O RH precisa conversar com os funcionários e incentivar os líderes de equipe a fazerem o mesmo para identificar os fatores de risco para o suicídio.
Existem dois grupos de fatores de risco para o suicídio: modificáveis e não modificáveis.
Os fatores modificáveis que podem prevenir o suicídio geralmente são conflitos familiares, indecisão sobre a orientação sexual, sentimentos de desesperança, impulsividade, morar sozinho, etc.
O outro grupo (não modificáveis) já havia tentado suicídio e sofria de doença mental.
Foram considerados fatores imutáveis: perda recente, história familiar e genética associada ao suicídio, fatores genéticos e ambientais envolvidos, eventos adversos na infância e adolescência, etc. Ambos os membros do grupo merecem atenção e encaminhamento para ajuda psicológica se necessário.
Muitas pessoas se perguntam como perceber que uma pessoa próxima pode cometer suicídio. A intenção suicida pode ser acompanhada por outros problemas emocionais e alguns transtornos psiquiátricos, como ansiedade, depressão e excessos alimentares.
Para esses casos, parece que os primeiros sinais foram dados, assim como a necessidade de tratamento por um psiquiatra e um psiquiatra.
Segundo especialistas, outro fator muito comum hoje pode ser um sinal virtual, ou seja, redes sociais e manifestações online, em que principalmente os jovens expressam sua tristeza e decepção com a vida em tom pessimista e negativo.
Não há registro compartilhado, mas sim um trabalho de construção de observação, apoio e diálogo entre as pessoas. Pode parecer uma tarefa difícil, e talvez seja, mas na dúvida, nunca deixe de buscar apoio emocional, seja de um especialista ou de uma agência que defende a causa da prevenção do suicídio, como o CVV, para entender como se posicionar você mesmo e fornecer ajuda.
Ações de setembro amarelo nas empresas
Muitos profissionais da área de recursos humanos ainda não sabem lidar com o tema no ambiente de trabalho, afinal, esse é um assunto muito delicado. No entanto, como o objetivo é agir para salvar vidas, é necessário encontrar formas de engajar os colaboradores nessa questão.
Existem formas mais diretas, como conversas amigáveis entre profissionais de RH e colaboradores. E existem também métodos indiretos, como conscientização por meio de exercícios, benefícios à saúde, programas de saúde mental com profissionais médicos, etc.
Agora que você conhece o tema, está pronto para colocar em prática algumas ações de setembro amarelo na sua empresa? Veja alguns exemplos:
Organize momentos de descanso
Qualquer excesso faz mal à saúde! Os funcionários são aconselhados a fazer pequenas pausas em sua vida diária para evitar exaustão mental.
Além disso, todos os funcionários são obrigados a tirar folga assim que tiverem direito a folga. O descanso é importante para evitar o esgotamento, um transtorno de humor causado pelo excesso de trabalho.
Use informações corretas
Procure e forneça as informações certas. Indique ajuda profissional, como o CVV (Centro de Valorização da Vida), que oferece apoio emocional voluntário via e-mail, telefone ou chat.
Divulgue informações em sua empresa e por meio de canais de comunicação com os colaboradores.
Tenha um canal de comunicação efetivo
Muitas pessoas necessitadas têm medo ou vergonha de falar abertamente sobre isso. Assim, por exemplo, a implementação de uma ouvidoria interna pode ajudar a conversar com funcionários que desejam se comunicar anonimamente ou virtualmente.
A Ouvidoria Interna é responsável por aceitar desafios, elogios, reclamações e expor questões relacionadas ao trabalho.
Converse com esses trabalhadores por meio de uma ouvidoria para tentar solucionar conflitos e situações estressantes no trabalho e fornecer ajuda profissional.
Por onde começar?
Sabemos como o dia a dia do profissional de recursos humanos é corrido. Por isso, montamos um pacote de templates de comunicação relacionados ao tema de setembro amarelo para que você possa implementar uma campanha efetiva na sua empresa ainda hoje.
Os templates estão disponíveis em formato aberto. Ou seja, você conseguirá utilizá-los em qualquer ferramenta. Entretanto, recomendamos que utilize a Eva People para automatizar e orquestrar o envio para os colaboradores.
Com a Eva People, você consegue oferecer uma experiência integrada aos seus colaboradores, utilizando as ferramentas de comunicação interna pré-existentes e com o mínimo de esforço da equipe de recursos humanos. Automatize processos, contrate, integre, treine e capacite funcionários utilizando a nossa plataforma inteligente.
Assista ao nosso webinar sobre endomarketing para entender como funciona a campanha de setembro amarelo dentro da Eva People: https://evapeople.com.br/materiais/endomarketing-do-zero-a-primeira-campanha/
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