Quais métricas devo acompanhar no onboarding de colaboradores

Quais métricas devo acompanhar no onboarding de colaboradores
Daniel Luz 2 de agosto de 2022 11 min de leitura

Em algum momento, é preciso avaliar todos os processos de uma empresa, por isso as métricas do onboarding dos membros são ótimas soluções. A razão para isso é bem óbvia, uma vez que a empresa reduz tempo e recursos.

No entanto, muitos têm a mesma dúvida: qual a melhor forma de avaliar o sucesso? A resposta não é uma só, pois existem várias formas para mensurar quais são os impactos de sua integração dos membros.

A partir desses números, é possível compreender melhor as informações pelo público-alvo da integração. Além de identificar melhor quais são os pontos que precisam de melhorias durante o processo.

Ficou interessado para saber como? Então basta continuar lendo esse conteúdo para conhecer algumas métricas que você deve acompanhar em seu onboarding de colaboradores!

O que é onboarding e por que fazer?

Antes de irmos para o ponto principal desse conteúdo, é importante fazer uma breve recapitulação para entender melhor o que é onboarding. De modo geral, esse é o nome atribuído aos processos de integração de um novo colaborador.

Apesar de ser bem popular como um método de treinamento empresarial, também pode ser usado para outras finalidades, tais como:

  • Adaptar novos clientes a um serviço ou produto empresarial;
  • Integrar novos alunos a um curso online ou presencial;
  • Entre outros.

Sendo assim, o objetivo central do onboarding é garantir que todos os conhecimentos e habilidades essenciais para uma melhor performance no trabalho sejam transmitidos. Além de assegurar que o colaborador se sinta bem recebido na empresa.

Quando há um bom processo de onboarding, é possível obter os seguintes benefícios;

  • Maior consciência sobre os objetivos de um negócio;
  • Mais motivação no trabalho;
  • Segurança na tomada de decisões;
  • Facilidade de comunicação entre os envolvidos nos processos;
  • Melhor gestão do conhecimento;
  • Processos bem definidos e disponíveis para consulta do time conforme demanda;
  • Etc.
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Indicadores de onboarding para mensurar a efetividade da estratégia

Bem, agora você já sabe o que é onboarding e qual a sua importância para uma empresa, certo? Então está na hora de descobrir como medir o sucesso de suas estratégias por meio dessa gestão.

Afinal, não basta apenas usar esse processo, é preciso verificar se a estratégia contribuiu para atingir os resultados almejados. Para isso, uma das melhores saídas é encontrar os principais indicadores de onboarding para a sua área.

Portanto, sem mais delongas, confira logo abaixo quais são os indicadores de onboarding que poderão ajudá-lo a mensurar o desempenho da integração na sua empresa!

  1. Índice de presença

O primeiro item da nossa lista, é o índice de presença, nada menos que um indicador básico. Esse item deve ser analisado em consonância com outros indicadores, para assim obter um melhor resultado.

Por meio do índice de presença, é possível mensurar qual o volume de membros que passaram por esse processo de integração. Para obter o índice, o jeito mais prático é solicitar que preencham uma lista de presença, que pode ser tanto física quanto virtual, em todos os dias da formação.

Dessa forma, quando o treinamento chegar ao fim, é só analisar a lista para ter em mente a média geral sobre os membros quem compareceram a mais de 75% da formação.

  1. Turnover

O segundo item da nossa lista é a avaliação do índice de turnover ou desistência, como também é chamado. É possível avaliar esse índice em dois momentos diferentes, fazendo com que seja um dos melhores indicadores.

O primeiro momento para usar o turnover é durante o processo de integração. Diante desse cenário é preciso avaliar o número de pessoas que desistiram do treinamento antes mesmo de concluí-lo.

O ideal para ter uma análise mais precisa sobre o índice de turnover é verificar quais foram as razões pelas quais houve a desistência e ainda levá-las em conta na avaliação final.

Já o segundo momento em que se pode usar o turnover como um indicador é logo após o primeiro ciclo de trabalho pós-integração. Nesse caso, o intuito é tentar entender até que ponto um processo mal-feito e pouco eficaz pode contribuir para que alguém desista de continuar na empresa.

De acordo com uma série de pesquisas que já foram feitas, para cerca de 93% dos empregadores, uma ótima experiência de integração afeta diretamente na decisão de um colaborador em permanecer ou desistir de trabalhar na empresa.

  1. Feedback

Durante o processo de onboarding, os profissionais de RH podem conduzir grupos de foco com os novos colaboradores para entender suas impressões. Os novos funcionários são aqueles que possuem uma visão diferente da organização.

Sendo assim, essa é uma das melhores oportunidades para as empresas coletarem o feedback dos novos membros. Para obter feedbacks mais rápidos sobre um determinado assunto, a empresa pode fazer uso de pulse surveys.

Pulse surveys são pesquisas rápidas e que são enviadas com certa frequência para medir a “pulsação” sobre como o novo contratado está se sentindo. Confira logo abaixo algumas das questões que podem ser feitas nessas pesquisas rápidas:

  • Em uma escala de 1-10 (1 = não, 10 = sim), o quanto você indica a um amigo a empresa?
  • Qual foi a melhor e pior parte da sua semana?
  • O que você achou do treinamento?
  • Como acha que poderíamos melhorar nosso processo de integração?
  • Qual conteúdo foi mais fácil e o mais difícil de absorver?
  • Qual foi o tipo de recurso você usou para armazenar o conhecimento fornecido no treinamento?
  • Você aplica os conhecimentos obtidos no onboarding em sua prática operacional?
  • Você sente-se integrado à empresa?

Além disso, outro meio de medir a satisfação dos colaboradores é por meio de uma pesquisa anual de engajamento. É possível criar dados de benchmark para tentar entender melhor como os funcionários sentem-se a respeito da organização.

Essa já é uma medida feita a longo prazo, mas ainda assim possui o seu valor. Seja como for, estar sempre disposto a ouvir opiniões sobre os colaboradores a respeito do processo de integração é um poderoso indicador de onboarding.

  1. Aproveitamento

O ponto de vista dos principais envolvidos na estratégia pode nortear melhor as suas ações, para identificar os pontos fracos e poder melhorá-los. Desse modo, a dica aqui é estruturar rodadas formais de feedback após feito o processo de integração, e continuar depois a cada mês ou bimestre.

Mensurar o aproveitamento no onboarding também é um modo de assegurar a sua efetividade. Esse processo pode ser feito de diferentes maneiras, como por exemplo:

  • Avaliar após o fim do processo;
  • Avaliar ao longo do processo, com atividades de recapitulação e pequenos testes;
  • Por meio de desafios que podem ser cumpridos com o auxílio de informações concedidas na integração (esta é uma opção muito usada em processos que fazem uso de recurso da gamificação).
  1. Produtividade

Caso a intenção da sua empresa seja mensurar os efeitos práticos do processo, então o ideal é avaliar a produtividade como um indicador de onboarding. Isso porque um dos principais pontos sobre uma integração bem-feita é, sem dúvida, a aplicabilidade dos conceitos apresentados.

Desse modo, o jeito é acompanhar os indicadores operacionais de produtividade. Com um foco maior naqueles cujo desempenho possui ligação direta com os dados transmitidos durante o processo de onboarding.

  1. Velocidade do ramp up

Ramp up é o nome para a curva de aprendizado e absorção dos conhecimentos transmitidos durante o onboarding. Espera-se que melhores processos de integração gerem ramp ups menores e mais acentuados.

Isso significa que, quando um novo colaborador absorve os aprendizados, é possível que ele tenha uma contribuição mais efetiva. Logo, poderá ter uma performance mais satisfatória na empresa em um curto período.

  1. Níveis de Avaliação de Kikpatrick

Criado por Donald Kikpatrick, esse método tornou-se um dos padrões para medir o nível de efetividade dos treinamentos. De forma básica, o modelo é dividido em quatro níveis diferentes: reação, aprendizado, comportamento e resultados.

Um ponto interessante a respeito desse processo é a sugestão de que há um relacionamento inverso entre a facilidade em coletar a análise de dados e a utilidade dos dados.

Imagine, por exemplo, que ao final da metade de um dia de programa de orientação, a empresa ofereça aos novos colaboradores uma avaliação de Nível 1 (Reação). Que, por sua vez, é o formulário comum de avaliação de treinamento de uma página.

Apesar de ser o modo mais simples de fazer a coleta, também é o menos efetivo. Por outro lado, só porque é menos efetivo em comparação com outros, isso não significa que não possua o seu próprio valor.

Usar uma avaliação de Nível 1 para orientação pode ser bem útil para uma empresa, pois trata-se da primeira impressão de um novo contratado.

  1. Métricas dos Recursos Humanos

Segundo uma pesquisa feita por Korn Ferry, cerca de 98% dos executivos acreditam que o onboarding é a chave para a retenção de funcionários. Levar em conta essa estatística, indica que o turnover é uma métrica essencial quando o assunto é analisar os programas de onboarding.

Junto com a taxa de turnover, o custo do turnover também consegue ser significante de igual forma. Esses números possuem um grande impacto no custo por contratação.

Existe outro conjunto de métricas de RH a serem levadas em conta que envolvem aquisição. Há uma ligação entre onboarding, engajamento e retenção.

Isso significa que se os seus colaboradores estão satisfeitos e engajados no trabalho, então é bem provável que estejam mais inclinados a recomendar a empresa para outras pessoas.

Como resultado, a empresa poderá ter um aumento na indicação de funcionários. Não como uma métrica, mas sim como a conexão que pode ser realizada.

  1. Stay interviews

Semelhante ao feedback, stay interviews trata-se um conjunto de perguntas feitas aos colaboradores, para saber o porquê continuam na empresa. Isso inclui fazer perguntas sobre como o processo de onboarding ajudou os funcionários.

Os gestores costumam fazer essas perguntas em encontros de one-on-one, reviews de performance anuais e até mesmo em um encontro informal para debater sobre o tema.

  1. Exit interviews

Ao passo que as stay interviews abordam as razões pelas quais os funcionários permanecem na empresa, as exit interviews são feitas para descobrir o porquê o funcionário começou a buscar por uma outra oportunidade.

As empresas têm a chance de perguntar sobre o onboarding para definir se ele foi útil no preparo do funcionário para o trabalho. Não importa qual seja o método de feedback, é essencial notar que quando um funcionário fornece feedback, ele está sendo útil para gerar mudanças.

Logo, as empresas devem estar prontas para abordar os comentários do colaborador, mesmo que seja para dizer que a sugestão não é possível no momento.
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Use dados e feedbacks para avaliar o sucesso do onboarding

Como você pôde ver nesse conteúdo, há diversos métodos para medir os programas de onboarding. Porém, o importante é não deixar que os seus esforços de avaliação se resumam apenas à essas atividades.

Empresas não precisam usar todos esses métodos para definir se o programa é, de fato, é efetivo. O ideal é optar por um método de avaliação que esteja de acordo com a cultura da sua empresa.

Independente de qual abordagem escolher usar, sempre se certifique de alinhar os resultados com as suas metas. Por exemplo, se a meta for retenção, então uma das melhores métricas a avaliar é o turnover ou então stay interviews.

Por outro lado, se a meta da sua empresa for o engajamento, então fazer pesquisas com funcionários e pedir feedbacks pode ser bem útil. Os programas de onboarding são feitos para tornar novos colaboradores produtivos de modo mais rápido.

Esse fato é crucial para o negócio de sua empresa, contudo, processos de onboarding estratégicos são um investimento a longo prazo. Ou seja, ao invés de esperar que um novo membro prove sua capacidade, forneça a ele o treinamento e desenvolvimento adequado por meio do onboarding.

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Conclusão

Em suma, o processo de onboarding é muito útil e pode oferecer muitos benefícios para a empresa como um todo. No entanto, não basta apenas oferecer esse processo, é preciso também sempre estar atento se as estratégias estão funcionando.

Para isso, fique de olho nas métricas para medir o desempenho de suas ações. E caso ainda tenha alguma dúvida ou queira compartilhar sua opinião sobre o assunto, não esqueça de deixar o seu comentário!
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